O Amigo de Castro Alves

Resumo do livro “O Amigo de Castro Alves”

CAPT 1:

Poetas são pessoas normais, como todo mundo: nascem, crescem apreender a ler e escrever; a amar poesia e buscar inspiração e transformar as suas inspirações em palavras.

No dia 14 de março de 1847 nasceu: Antonio Frederico de Castro Alves, ele não gostava que o chamassem de Frederico, e tinha um apelido dado por seu irmão mais velho José Antonio, que era: Cecéu.

O pai dele se chamava Antonio José Alves, era um médico cirurgião, ainda jovem pegou uma doença e naquela época não havia remédios para a maioria das doenças, o que se recomendava era: alimentar-se melhor, se preocupar menos, e que levasse uma vida mais sadia. Ele aplicou isso foi para Curralinho, interior da Bahia; lá conheceu Clélia, casaram-se e um tempo depois foram a Cabaceiras que pertencia à família da Clélia. Ficaram ali por cerca de 7 anos, nesse período tiveram 4 filhos: José Antonio, Antonio, João( falecido ainda bebê) e Guilherme. Mais tarde nasceriam as meninas: Elisa, Adelaide e Amélia.

CAPT 2:

Antonio foi criado por Leopoldina, uma escrava negra, ele até certas vezes à chamava de mãe.

Leopoldina, que também era chamada de Leo, contou uma história ao Antonio como ela veio parar na fazenda, fantasiando algumas partes.

CAPT 3:

José Antonio irmão mais velho de Antonio gostava muito dele, a prova disso era o apelido que lhe dera: Cecéu. Mas, as vezes ele se isolava de todos. José Antonio era inteligente, culto e escrevia poemas sobre dores da vida e bênçãos da morte.

Já Antonio, sempre gostava de ficar perto de pessoas e tinha alguém que sempre andava com ele, o filho de Leopoldina, Gregório. Mas, de quem ele gostava mesmo era de Tião, um garoto da mesma idade dele, sempre esperto e sorridente e que gostava de falar que não tinha medo de nada.

Duarte era o feitor da fazenda, isto é ele que era responsável por administrar os escravos. Duarte detestava Tião que o irritava sempre, tentava o apanhar, mas nunca conseguia, pois Tião era muito ágil.

Em uma noite Antonio e seu irmão mais velho foram chamados pelo pai para ir na sala, ele falou que eles iriam ter que mudar para a cidade para que eles possam estudar.

Antonio perguntou sobre Tião e seu pai falou que ele não iria, Antonio ficou revoltado, saiu e foi se encontrar com Tião na senzala, Tião falou para ele obedecer ao seu pai. Antonio voltou, e quando chegou seu pai deu a noticia de que Leopoldina e Gregório também iriam, assim ele já ficou um pouco melhor

CAPT 4:

Primeiramente se mudaram para uma cidade chamada Muritiba e tiveram aula com o professor José Peixoto da Silva. Depois eles mudaram de novo, para São Félix, onde ficaram por pouco tempo pois o doutor Alves estava decidido em ir morar na capital.

Quando ele se mudou para a capital na Rua do Rosário, muitas pessoas passavam em frente da casa e se benziam. Uma vez o seu tio João José, vacilando falou par ele que a casa era mal-assombrada, ele disse que naquela casa morava uma jovem muito bonita que se chamava Julia Feital, João Lisboa era o seu marido, o qual era muito ciumento, mas Júlia não parava de ser uma mulher alegre e saia por ai: em festas, em teatros, etc.. Sempre retribuía os sorrisos dos rapazes que a cortejavam, mas esse era apenas o jeito de ser dela, mas ele não via desse jeito então pensou “Ela nunca será só minha” e a matou com um tiro de uma bala de ouro e dizem que o fantasma de Júlia fica vagando por ai.

Antonio não conseguiu dormir direito aquela noite, e quando acordou assustado como se alguém estivesse perto dele, ele viu uma bela mulher, vestindo um vestido branco manchado de sangue, mas ele não ficou com medo, ele ficou fascinado. Assim que o sol raiou ele foi correndo cotar para a Leopoldina, mas ela não demonstrava tal fascina mento pelo caso, então foi falar com seu irmão só que ele parecia em vez de fascinado, bem angustiado.

Uma noite estava seu tio e seus pais discutindo, ele foi até lá espiar, na discussão o seu tio falava sobre uma urna que ele tinha roubado para mudar os votos, e também falavam sobre a escravidão o qual seu tio era contra.

Um tempo depois...

Não faltavam emoções naquela casa. A única coisa que não acontecia era de Júlia aparecer de novo, Antonio foi falar disso com a Leopoldina, que sugeriu que ele escrevesse poemas para que ela aparecesse pois diziam que ela gostava muito de poemas, mas na verdade ela estava brincando.

Ele tentou seguir esse conselho, só que não conseguia escrever o poema de tanta emoção que sentia, quando ele finalmente estava entrando no caminho para o poema o pai dele chegou falando que eles iriam mudar para uma outra casa para ele poder atender os seus pacientes mais facilmente.

Mau se mudaram e uma epidemia de cólera se alastrou pela cidade, muitos médicos se revoltaram contra a forma de tratamento do governo, só que esses nada faziam, quem ajudava mesmo era o doutor Alves e o seu tio João José que apesar de não ser médico ajudava de outras maneiras; Antonio sentia orgulho deles, e sentiu um desejo de ajudar ao povo brasileiro.





CAPT 5:

Depois da epidemia de cólera passar o pai de Antonio resolveu passar férias na fazenda, assim que eles chegaram lá Antonio foi logo perguntar sobre Tião e foi vê-lo. Só que Tião em vez de tratá-lo como amigo o tratava como um sinhozinho. Uma noite antes deles voltarem a Salvador Antonio foi falar com Tião e perguntou por que ele estava diferente com ele, Tião respondeu que o feitor o maltratara e não queria ele perto de Antonio e que não adiantava falar com ele.

Voltaram para a cidade e quando voltaram o João José iria ficar um tempo com eles, Antonio contou o que aconteceu na fazenda para o seu tio, e o seu tio o fez jurar que Antonio, quando crescer, iria lutar contra a escravidão.

O doutor Alves, pai de Antonio, se importava muito com a educação de seus filhos na escola. A escola em que Antonio estudava era diferente das outras, eles não tinham a palmatória e eles, na matéria de língua estrangeira priorizavam o inglês e o francês que influenciavam mais diretamente do que o latim, que era matéria obrigatória em todas as escolas.

CAPT 6:

A mãe de Antonio já estava doente faz tempo, os médicos falavam que ela poderia morrer a qualquer hora, até que uma hora ela morreu, José Antonio ficou deprimido e tentou se matar, e o doutor Alves fez Antonio prometer que cuidaria dos seus irmãos.

CAPT 7:

Logo Antonio de Castro Alves demonstrou seu dom para ser poeta, em sua primeira apresentação foi aos 13 anos na sua escola e foi aplaudido pelos alunos e professores euforicamente.

Mas, o pai de Antonio não estava gostando nada daquilo, ele queria que Antonio fosse médico e que continuasse a carreira do pai.



CAPT 8:

Com isso Antonio ficou muito confuso, tentava conversar com alguém, mas sua mãe não estava mais ali, seu irmão vivia isolado, e o Guilherme era muito novo. A única pessoa com quem ele podia conversar era seu tio, o qual ele tinha certeza de que ele o apoiaria.

Em um dia seu tio chegou, mas ao contrário do que ele pensava seu tio apoiou o pai de Antonio.

Na escola o diretor, o doutor Abílio o viu preocupado e pediu para conversar com ele, eles chegaram a conclusão de que Antonio deveria fazer direito; seu pai aceitou a escolha do filho e também poderia estudar junto com seu irmão mais velho que também decidiu fazer direito.

CAPT 9:

Eles foram para Recife fazer um curso preparatório para entrar na faculdade.

Eles moravam em uma republica o qual, as pessoas que moravam lá eram inteligentes e de uma situação financeira confortável, lá a maioria das pessoas era contra a escravidão, mas existiam algumas pessoas que eram a favor como o Fagundes, ele falava que os brancos são uma raça superior à raça dos negros.

A republica em que eles moravam era bem perto de um hospício.

O irmão de Antonio, José Antonio, sempre olhava um retrato pintado por alguém de uma mulher, uma vez Antonio perguntou quem que era aquela mulher, José Antonio falou que ela era o amor de sua vida, mesmo sendo que ele nunca a viu e mesmo sabendo que ela possa nem sequer existir.

CAPT 10:

Em uma noite Antonio estava voltando, quando viu Tião o chamando, Tião tinha fugido da fazendo porque não agüentava mais o feitor Duarte o chicotear e o xingar, ele fugiu com o propósito de chegar aos Palmares.

Ao saber que Palmares já foi invadida há mais de meio século, Tião ficou decepcionado.

Tião mostrou a Antonio o lugar que ele se escondia dentro da cidade, era uma casa abandonada que diziam que estava mau assombrada. Antonio propôs a Tião que lhe ensinara a ler e escrever, Tião aceitou.

CAPT 11:

Durante esse tempo Antonio ficou ajudando Tião, comprando alimentos e até começou um boato de que ele tinha uma amante da alta sociedade.

Como prometido Antonio ensinou Tião a ler e escrever e ele até já conseguia escrever pequenos textos.

O irmão de Antonio estava cada vez mais louco, e Antonio mandou uma carta para o seu pai o advertindo sobre isso, o doutor Alves mandou ir buscá-lo para tratá-lo ele até melhorou, mas acabou piorando e se matou tomando uma garrafa inteira de remédio.

Antonio falava sempre com Tião, e começou a explicar os seus poemas.

Sobre o seu poema com o tema de livro, falava sobre Cristovão Colombo que chegou à América o qual foi aproximadamente no mesmo período que inventaram o livro.







E proclamou outra parte de sua poesia também:

Oh! Bendito o que semeia

Livros... livros a mão cheia...

E manda o povo pensar!

O livro caindo n’alma

É germe- que faz a palma,

É chuva- que faz o mar.

CAPT 12:

Antonio saia muito ia a vários lugares, dentre eles o teatro, lá viu uma mulher com a qual se apaixonou: Eugênia Câmara. Falava entusiasmado de tudo sobre ela para o Tião até que Antonio percebeu que Tião estava ficando com ciúmes.

Tião contou que Leopoldina veio no navio negreiro como todos os outros escravos e que Tião ainda quando pequeno, foi arrancado dos braços de sua mãe, pois fora vendido.

Antonio fez um poema sobre esse tema.

Tião falou que achou o poema bonito, mas falou que ele queria de verdade a liberdade e não ficar dependendo de tudo do Antonio; ele queria poder sair e viver como uma pessoa normal.

CAPT 13:

Antonio participava de vários movimentos, dentre esses o da Proclamação da República, o qual fez uma poema e o seu principal verso era :

A praça é do povo,

Como o céu é do condor.

Tião não demonstrou o entusiasmo que Antonio estava esperando, apenas perguntou o que era condor, ele explicou e Tião falou que Antonio era como um condor, mas Tião era apenas como alguém que se desse sorte seria alguém que chegaria na praça.

Antonio ficou com raiva, ficou dias sem ir lá, mas até que um dia a sua consciência pesou e resolveu voltar. Para a sua surpresa ele não estava sozinho, outra escrava negra que fugiu também, foi por coincidência na mesma casa que Tião, pela fama de ser mau assombrada. Tião agia como se eles não estivessem brigados e isso tranqüilizava Antonio.

Outro dia Tião falou que amava Maria do Horto e que não poderia viver sustentado pelo Antonio. No outro dia ele falou que tinha um plano, formar um novo Palmares, Tião e Maria do Horto partiram no outro dia.



CAPT 14:

Antonio de Castro Alves começou a fazer poemas para a Eugênia Câmara e encontrou um rival: Tobias Barreto.

Um dia Antonio viajou a Bahia, seu pai estava muito doente e com problemas financeiros, pois investira em um hospital e em equipamentos, mas não estavam dando o lucro desejado.

Alguns dias depois o pai de Antonio, doutor Alves faleceu. Muitas pessoas foram no velório, pois o doutor Alves era conhecido na Bahia toda, e dentre essas pessoas que estavam lá o feitor Duarte também apareceu, falou que o Tião fugiu e que era questão de honra para ele que o capturasse.

CAPT 15:

Antonio sentia falta de ter alguém para compartilhar seus sentimentos.

Uma noite ele foi surpreendido por um mensageiro de Tião, falando que Tião o escrevera uma carta, na carta dizia que ele conseguiu fazer o seu plano e o denominou Palmares 2, em homenagem a Antonio, outros escravos negros que fugiram também se juntaram a eles. E Tião teve um filho com a Maria do Horto que o denominou de Antonio como outra homenagem a ele.

Antonio respondeu a carta.

Um tempo depois já eram as provas finais, Antonio estudou bastante e foi muito bem nas provas. Nas férias ele escreveu uma peça de teatro: Gonzaga ou A Revolução de Minas. Antonio decidiu apresentar essa peça na Bahia e foi para lá com Eugênia Câmara.

CAPT 16:

A peça de Antonio fez muito sucesso na Bahia, entusiasmado viajou para se apresentar no Rio de Janeiro e em São Paulo. No Rio de Janeiro seu teatro fez sucesso e Antonio leu alguns de seus poemas para José de Alencar, que achou seus poemas um pouco exagerados, mas ele falou que adorava o estilo dele e o recomendou para o Machado de Assis. Logo foram para São Paulo, Antonio se matriculou no terceiro ano de direito, suas peças ficaram famosas, mas ele por causa dos problemas de relacionamento com Eugênia acabou se preocupando muito com outras coisas além do estudo de direito e acabou repetindo por causa das faltas.

Uma das preocupações de Antonio era se Tião conseguiria falar com ele novamente por causa das mudanças de endereços. Antonio tinha pesadelos com isso e quando acordava estava sempre suando muito, o que, por sinal era um sintoma da tuberculose.

CAPT 17:

Antonio foi caçar e acabou atirando em seu próprio pé, teve que o amputá-lo e decidiu voltar para a Bahia, antes deixou um poema de adeus para Eugênia.



CAPT 18:

Antonio voltou a morar com a família e se apaixonou de novo por: Agnese Murri. Antonio ainda se sentia preocupado com o Tião e seu Palmares.

Leopoldina e Gregório foram fazer uma visita a ele, falaram sobre o Duarte e sua persistência para achar o Tião. Leopoldina falou que logo Antonio iria melhorar, e realmente acabou melhorando, mas por pouco tempo, teve de voltar para a capital e Agnese foi visitá-lo, o seu amor com ela era um amor sem sexo, sem esperança, resignado; mas um amor de qualquer modo.

CAPT 19:

No fim de Junho Antonio piorou muito, e teve uma visita inesperada: Tião. Ele foi de grande ajuda. E contou que por causa de um escravo negro e bandido, o Custódio, o Palmares 2 foi extinto, as famílias tiveram que fugir por causa que um exercito de soldados estava vindo em direção deles. Tião foi acolhido por Fagundes, que mudara de opinião sobre escravos assim que foi salvo de assaltantes pelos escravos.

CAPT 20:

Um dia o Duarte chegou no quarto para falar com Antonio, ele não queria falar com ele, mas Duarte praticamente invadiu, logo depois Tião entrou, Duarte tirou a sua arma e Tião deu um salto para fora da casa, Antonio fez uma grande força e derrubou Duarte, logo chegaram Guilherme e dois amigos que imobilizaram o Duarte.

No dia seguinte de manhã Antonio recebeu a extrema unção, e de tarde faleceu. (6 de Julho de 1871).

Dezessete anos depois, Antonio filho de Tião veio o avisando da noticia que a escravidão foi abolida, Tião não ficou muito empolgado como Antonio esperava, Tião falou que não adiantava a iniciativa vim da princesa Isabel, a intenção tinha que vim do povo e também se lembrou de Antonio de Castro Alves, o Cecéu.