O Preço do Consumo

O Preço do Consumo – RESUMO

                Este livro é dividido entre ficção e texto informativo, esse resumo só irá conter as partes de ficção, que se dividem em 11 capítulos e dentro desses capítulos a notas sobre algumas palavras, essas notas, nesse resumo, serão colocadas entre parênteses após a determinada palavra.

                Este livro foi difícil de fazer um resumo, desculpe qualquer parte que vocês não entenderem direito.

Capitulo 1: Interfone Quebrado

                Laura é uma atriz, filha única de dois artistas de circo, tinha 74 anos. Laura tinha colocado no banheiro, ao lado do espelho um quadro de flores, para ver algo bonito quando entrasse no banheiro, pois sua face estava além de enrugada, cheia de marcas de cirurgias mal feitas. Ela tinha também vários cremes, que acreditava que a mesma coisa que acontecia nos comerciais iria acontecer com ela, e, sempre quando comprava um cosmético novo, culpava o antigo por suas dificuldades e infelicidades.

                Às dez horas Laura receberia uma visita da diretora de marketing (é uma das funções empresariais mais valorizadas nas organizações, seu objetivo é planeja as ações das empresas, ela tem quatro preocupações básicas: produto, preço, locais de venda e promoção) da emissora que trabalhava tratar de um assunto muito serio e confidencial.

                Laura já ouviu falar que quando algum ator era chamado para falar com alguém do departamento de marketing, era porque iria receber uma proposta de merchandising (é como se fosse uma propaganda de um produto, só que nesse caso seria uma propaganda disfarçada em uma novela), mas ela ficou ainda mais empolgada porque o fato de a diretora vir em sua casa, o que ela terá para oferecer será algo tão grandioso que justificará os anos de seu trabalho na dramaturgia (conjunto de textos, técnicas e estilos para compor uma peça, sendo ela: teatro, telenovela, seriados, minisséries ou telefilmes).

                Joana era uma menina de 14 anos, morava com a avó desde que os pais haviam se separado, cinco anos antes. Laura pediu ajuda a ela para se arrumar, já que a diretora iria chegar em 2 horas, Joana a ajudou com as roupas e a sandália, mas os acessórios Laura quis “abusar” e quando Joana foi falar que ela tinha colocado um brinco gigante para quem está dentro de casa, ela logo falou sobre Joana ter colocado um piercing (antigamente tinham significados religiosos e de poder, atualmente foi associado à rebeldia jovem e incorporado como acessório da moda), Joana mudando de assunto perguntou de ela não iria dar uma geral na sala, Laura tinha esquecido e se aprontado antes, então quem teve que fazer foi a Joana mesmo.

                Enquanto Joana arrumava a sala, perguntou se ela não iria passar batom, Laura correu para o banheiro passar o batom que vira no comercial de televisão (é tomo filme publicitário veiculado ao meio televisivo com duração media de 30 segundos), nisso a campainha toca, Laura se borrou com o batom, se limpou as pressas e nesse instante lembrou que o interfone estava quebrado.

Capitulo 2: Um Elefante no Supermercado

                Laura saiu correndo do banheiro, mesmo se sentido uma perua e trocou a musica brega por um CD de jazz. Respirou fundo e abriu a porta, Isabel estava muito elegante, com varias roupas que faziam perfeitamente o estilo de uma executiva, parecia verdadeiramente uma vitrine (surgiram no século XVIII e até hoje as lojas investem em vitrines para atrair clientes) ambulante.

                As duas se cumprimentam, Laura justifica o porquê do interfone estar quebrado e Isabel toca no assunto de televisão, Laura fala de sua primeira novela que fez em 1954 com 20 anos, ela fazia a filha de um sapateiro bêbado que terminava como magnata (proprietários de grades empresas que dominavam determinado segmento no mercado), mas a razão do pai dela ter se tornado rico foi porque ganhara na loteria, então virou um “rico infeliz”.

                Nisso Laura percebeu que tinha deixado sua visita parada tempo demais em pé, segurando uma mala e perto da janela. Laura fala para Isabel entrar para poderem ficar longe da janela, Isabel pergunta o motivo e Laura esclarece que é para não correrem risco de serem atingidas por uma bala perdida.

                Isabel olhou para fora e viu que o fundo do apartamento dava para uma favela (são áreas urbanas habitadas por populações com baixíssimo poder de consumo, são marcadas pela falta de serviços públicos e por habitações improvisadas, curiosidade: favela também é um tipo de arbusto comum na região da caatinga).

                Isabel estava com uma mala enorme, Laura se seguro para perguntar por que ela trouxe aquela mala, era como se tivesse um elefante no supermercado.

                Nisso Joana chega com uma calça jeans rasgada, só que de marca e uma blusa branca, ao conhecer Isabel, Joana ficou encantada com o modo de vestir executivo e a sua explicita demonstração de boa situação financeira. Tanto que Laura pensou que Joana iria apenas cumprimentar e depois ir logo se trancar no quarto como sempre faz, mas desta vez ficou por lá mesmo e se sentou junto à avó no sofá.

                Isabel perguntou que ela andava meio sumida da televisão, Laura justificou que era porque ela queria preservar sua imagem, principalmente porque seus últimos papéis foram de vilões e também porque ela tem um grande medo de andar de avião, e, brincando Laura perguntou se Isabel não iria espalhar seu medo. Isabel riu e respondeu que ela não é jornalista e nem assessor de impressa (é o profissional que gerencia o relacionamento entre organizações publicas ou privadas e os veículos de comunicação de massa) e sim trabalha com publicidade (a mesma coisa que propaganda, ou seja, a divulgação de produtos e serviços comerciais; tem intuito de vender produtos), mais especificamente no setor de merchandising.

                Nesse instante Laura sentiu que as formalidades estavam acabando e afinal Isabel ia entrar mesmo no assunto.

Capitulo 3: Um merchandising explicito.

                Joana perguntou o que era merchandising, Isabel explicou e deu o exemplo de um banco, que sempre parecem lindos, complementou Laura. Isabel riu e concordou dizendo que eles trabalham com o ideal (é um modelo construído que corresponde à perfeição, ou seja, carrega apenas qualidades).

                Joana falou que de vez em quando a imagem fica estranha para a ocasião, dando um exemplo de quando um casal briga no carro e em vez de aparecer os dois, aparecem partes do carro, Isabel concordou e ainda disse que estragar a cena é a marca registrada do seu departamento.

                Novamente Joana perguntou dessa vez foi e isso rendia ao investidor, Isabel respondeu falando que as vendas aumentam logo, uma joalheria pagou para que colocassem um colar de perolas no pescoço de um protagonista (é o personagem mais importante de uma narrativa), e no outro dia formou fila de senhoras querendo comprar o colar, os empresários gostaram e estão pagando para colocar jóias na protagonista que ficou parecendo uma arvore de natal. Laura leva isso como uma indireta, por estar cheia de jóias. Isabel continuou falando que a tendência da propaganda é o merchandising que faz com que passe uma mensagem subliminar (mensagem que não é percebida de maneira consciente pelo publico) para ser comprada.

                Nisso Laura lembrou os intervalos comercias, Isabel falou que acha que os intervalos são a hora dada para as pessoas irem ao banheiro e são pouco aproveitados para fazerem propagandas. Joana e Isabel voltaram a rir, Laura ficou admirada com o clima de entendimento entre as duas, nisso ela fala para Isabel contar mais sobre a vida dela, citando que algumas pessoas da televisão que ela conhecia já tinham falado dela.

                Isabel disse que alguns artistas e diretores a odeiam, porque dizem que eles estragam as novelas, Laura não concordou e disse que para fazer uma novela é preciso ter lucro (é o ganho evolvido nas transações econômicas), mas Isabel disse que não são todos que pensam assim, os fanáticos pela “arte pura” (é uma das formas de se referir a produtos artísticos que não sofrem interferências do mercado, de modismos, de questões morais).

                Joana começou a perguntar sobre a vida dela... Isabel fez faculdades de administração de empresas, fez estágio em duas empresas como relações-públicas (é o conjunto de atividades de comunicação dentro das organizações, sejam elas entre funcionários ou clientes), namorou um carinha que trabalhava na televisão e conseguiu um estagio para ela e foi admitida no departamento de marketing e foi subindo de cargo, até ser diretora como é hoje, ela tem um filho de 4 anos, o Rodrigo.

                Laura se impressionou o quanto as duas se deram bem, viu que Isabel usava dois tipos de linguagem (é toda forma de comunicar-se e expressar-se) com as duas, uma mais formal para ela e outra mais descontraída para a Joana, alias Joana não parava de perguntar sobre a vida de Isabel parecia até uma repórter de uma revista de fofoca ( revista cujo tem interesse pela vida pessoal de celebridades).

                No fim Isabel falou que já estava ficando velha e deu um sorriso, que ofendeu ainda mais Laura, por causa dela já ter 74 anos. Nisso Laura começou a ficar irritada, e decidiu cortar o assunto perguntando se ela já teve síndrome do pânico, o que levou ao assunto de medo, que levou ao assunto do medo da Laura: avião, e nisso ela disse: “Viajar de avião me deixa apavorada. Só de ver essa mala aí, por exemplo, já estou começando a suar”.

                Isabel sorriu, olhou para Joana, fez uma pausa e olhando nos olhos de Laura, cheia de intenções e promessas, disse: “É sobre essa mala que eu vim conversar”.

Capitulo 4: Vovó vai casar!

                As três olharam para a mala, cheia de detalhes chiques da grife.

                Isabel começou a lembrar Laura de que ela fazia um personagem pobre, uma cabeleireira de subúrbio (bairros ou áreas longe do centro da cidade, em algumas cidades é comum se referir a essas áreas como periferias) e além de ser um personagem meio indefinido. Nisso Laura já entende que ela vai passar para o núcleo rico da novela, então pergunta se ela vai ganhar na loteria e Isabel responde que não, porque esse ano a Caixa Econômica está mais interessada em divulgar o microcrédito (é uma linha de concessão de empréstimos de baixo valor destinada a pessoas e microempresas que têm dificuldade de acesso às formas tradicionais de crédito).

                Então Isabel falou que se não era pela loteria, só poderia ser por casamento, nisso Laura interrompe novamente perguntando se ela tinha lido o script (é a abreviação de manuscript e refere-se ao texto ou roteiro) e Joana também não parava de perguntar com quem a “vovó” iria casar.

                Isabel disse que ela iria se casar com o Talma que é um taxista pobre, só que na verdade era um milionário disfarçado que não tinha amigos verdadeiros e que depois ele iria morrer e ela ficaria com o dinheiro dele.    

                Depois de esclarecido esse assunto, se aproximava o assunto principal: a mala, o merchandising. Isabel falou que trabalharam durante seis meses e que por isso pediram para o autor deixar alguns personagens meio indefinidos.

Capítulo 5: Antigamente era antigamente.

                Isabel perguntou se elas já tinham visto os outdoors (um meio para veicular anúncios publicitários ao ar livre) de mala espalhados pela cidade e começou a falar de seu projeto de publicidade para essa mala, que além de colocar em outdoors iria colocar no horário nobre (entre 19 e 22 horas, pois é quando há maior audiência e as emissoras reservam seus melhores programas).

                Laura então percebeu que se ela era uma cabeleireira na novela o que tinha a ver ela com uma mala, e Isabel respondeu que na verdade abrir uma fabrica de malas seria o seu sonho como personagem na novela, nisso Laura falou que seria melhor ela, como cabeleireira tem uma fabrica de xampu e Isabel contesta falando que o mercado (usualmente a palavra mercado é mais utilizada para se referir ao conjunto de consumidores de um determinado segmento de produtos e serviços) de xampus está saturado.

                Mas com isso Laura confirma tudo e aceita a proposta de merchandising na novela. E Isabel começa falar que só tinha o pequeno detalhe, ela iria ter que entrar na mala para fazer uma propaganda. Laura ficou inconformada com isso e logo Isabel disse que foi e pessoal da produção (as atividades que buscam recursos financeiros, materiais e técnicos) e que faz parte da promoção (tem como objetivo dar mais visibilidade a determinado produto).

                Laura ainda inconformada fala que isso poderia ser uma pegadinha, então Isabel começa a falar sobre malas, sobre sua resistência e durabilidade; e que essa campanha (reúnem varias peças divulgadas por diversos meios de comunicação) iria destruir a imagem de que mala precisa ser durável, e ela ajudando isso iria contribuir para acabar com esse paradigma (é um modelo ou conjunto de padrões a serem seguidos em uma determinada área de conhecimento).

                Nisso Isabel levantou-se e se aproximou da mala.

Capitulo 6: A cada viagem, uma mala.

               Isabel queria passar a mensagem: “resistente, sim, mas não durável” para o inconsciente (é a parte mais profunda da mente humana, onde ficam armazenados os desejos, instintos e recordações que determinam o comportamento das pessoas) das pessoas da classe média (do ponto de vista econômico tem poder aquisitivo para suprir as necessidades básicas e ainda ter acesso a atividades de lazer) para cima.

                Querendo fazer um reflexo condicionado (a resposta do corpo automática quando não é por um motivo natural de necessidade básica) de que a mala é um sinal de status (é a posição de prestigio de um indivíduo aos olhos do grupo a que pertence) e que precisa ser trocada a cada viagem.

                Mesmo assim Laura continuou ofendida e disse que não iria aceitar porque isso iria ridicularizar toda a sua carreira, aproveitando o assunto Isabel começou a falar de sua carreira porque tinha vista a ficha de Laura nos arquivos da emissora, falou que ela era contorcionista de um circo e de suas apresentações...

                De repente Laura falou que Isabel estava fazendo chantagem emocional e que fazia tempo que ela não entrava em uma mala, nisso Isabel com um tom de voz que lembrava “o aço de uma espada muito afiada” falou que quem deu essa idéia dela entrar dentro da mala foi “ o homem”, nesse instante Laura calou-se, pensativa, e tornou a sentar no sofá. Joana já não entendia mais nada.

         

      

Capítulo 7: É tudo fachada

                As duas olharam para a menina e falaram que o homem é o dono da emissora. Então Isabel disse que ele queria que Laura entrasse na mala por apenas um capricho e que não adiantaria ela ir falar com ele porque ele é inacessível.

                Laura falou que não ia entrar de nenhum jeito, e com isso Isabel se cansou e perdeu a paciência e a persuasão (é o efeito, por meio de um discurso, de convencer alguém de alguma coisa com o uso eficiente de palavras e da boa argumentação) e começou a falar que se a Laura não aceitasse isso ela iria sair da novela e sua carreira iria acabar, que ela não era importante que nem a bala que matou Kennedy (35º presidente dos EUA) e que sua condição financeira não era favorável. Joana não tinha como discordar ela queria muito ter uma televisão de LCD (liquid crystal display) e não uma televisão de vinte e uma polegadas de mais de quinze anos.

                Com isso Laura se ofendeu e falou que Isabel estava a desrespeitando, Isabel falou que não porque se ela não entrasse na mala, Isabel iria perder o emprego e que não iria arranjar outro porque segundo ela gente é uma coisa que já ficou supérflua (é o que está além das necessidades). E também falou que tudo que ela tinha era para poder ter o emprego a condição dela não era favorável também.

                Depois de tanto insistir Laura falou que ele iria tentar, nesse momento o rosto de Isabel se iluminou e a neta abriu um sorriso.

Capítulo 8: O Circo Voltou

                Nisso quando Laura falou  que iria tentar logo perguntou quando iria receber, quando Laura e Joana viram elas ficaram impressionadas e Isabel disse que era isso sem contar as vendas conexas (consiste em oferecer produtos relacionados àquele que o consumidor demonstra intenção de consumir) e as festas com lugares VIP ( very important person). E para reforçar mais ainda Isabel falou que se ela não aceitar isso ela não iria receber mais empregos, pois seu departamento tinha acesso aos contratos, ou seja, se ela não a aceitasse iria ficar no desemprego (estaria nessa situação quem não tem emprego).

                Com isso Laura falou que concordava e começou a falar que provavelmente iria ser uma parte rápida na novela, mas Isabel falou que não, que iria ser num programa de auditório (é definido pela presença de uma platéia que interage com variadas atrações), falando isso Laura já discordou e falou que não ia aparecer dentro de uma mala em um programa desses.

                Isabel falou que ela marcou já com o programa e que também até achou o circo que ela fazia parte e gravou os depoimentos... Depois disso Laura estando em lagrimas falou para as duas que simplesmente não podia entrar na mala.

Capítulo 9: Pessoas Obsoletas

                Isabel começou a falar do projeto que ela tinha feito, do que Laura iria fazer no programa de maior audiência (é a quantificação do número de pessoas que assistem ao programa) do domingo e também na doação que ela iria fazer à um circo  de mambembes (são artistas amadores que percorrem cidades do interior com espetáculos e sem muitos recursos de produção).

                Laura só repetia que não podia entrar na mala de jeito nenhum, mas sua neta e Isabel a ignoravam e a conduziam para entrar na mala, Isabel estava radiante de alegria. De repente Laura explodiu e falou que ela para elas desistirem e que ela não iria entrar nessa mala de jeito nenhum. Isabel já não entendia porque que Laura resistia tanto, Isabel só usava bons argumentos (provas e recursos de convencimento).

                E dessa vez quem começou a falar com ela foi Joana, falando que eles tinham uma vida ruim com coisas antigas, Laura também respondia falando que ela não iria deixar uma menina com impulso (parte da mente que é responsável por fazer algo sem pensar) consumista e com valores estilistas (podem ser entendidos como crenças, costumes e traços que explicam interesses e a visão do mundo definida pela elite) fazer ela deixar de ter dignidade e ética (conduta necessária para vivencia em grupo).

                Joana com ódio da avó foi para o quarto.

               

Capítulo 10: Cachorros consomem mais que homens

                Só as duas na sala, Isabel começou a falar com a Laura sobre Joana e Isabel aproveitou isso para tentar convencer ela de novo, falou que as mulheres são as que consomem em primeiro lugar, depois vem os homossexuais, depois os cachorros e depois os homens; também falou que consumir inunda o cérebro de serotonina (é um neurotransmissor que tem a função da interação do ser humano com o ambiente) e que comprar é um ótimo antidepressivo (medicamento para a correção de certas transmissões neuroquímicas). Com essa conversa Isabel conseguiu animar um pouco mais Laura.

                Isabel ainda para terminar de convencer Laura, falou que o custo-benefício é ótimo porque ela iria ganhar um monte de dinheiro e ainda a sua ética e moral não iriam ser tão prejudicadas porque ela iria fazer propaganda de uma mala, não iria fazer roubar, matar e nem fazer propaganda de uma campanha política (atividades mercadológicas dedicadas para criar ou melhorar a imagem de um político).

                Com isso Laura pensou um pouco e falou que ia entrar na mala, Isabel segurou o grito de alegria, mas quando Laura colocou o pé na mala começou tudo de novo e Isabel já sem paciência começou a pressionar o corpo da Laura e ela cedeu, só que de repente Laura reagiu pulando fora da mala e correu para o canto mais escondido da sala.

Capitulo 11: El truque de la mala  

                Laura começou a falar novamente que não podia, só que dessa vez em estado de choque, mas Isabel já nem ouvia mais Laura e ela decidiu dessa vez levar a mala até Laura.

                Enquanto isso Laura começou a falar que ia contar o porquê de ela não poder entrar na mala, falou que era um trauma que ela tinha, pois quando criança o mágico que fazia o truque morreu depois de ter fechado ela e ela ficou presa durante 4 horas até seu pai voltar do trabalho que fazia como biscate (serviço temporário que não exige muita especialização). Enquanto falava isso Isabel só tentava colocar ela dentro, foi tirando o colar, peruca e sapatos, até que finalmente conseguiu.

                Depois de um tempo Laura começou a falar que Isabel fez uma mágica, conseguiu tirar o medo dela... E com isso Laura não parou mais de falar. Isabel ligou para o departamento falando que conseguiu colocar Laura na mala, e foi fumar em paz perto da janela.

                Quando de repente ela foi arremessada para uma estante e quando viu havia um buraco no seu peito. Joana saiu do quarto e viu Isabel naquele estado e lembrou que o vizinho era médico e saberia o que fazer, então colocou a mão no local do tiro para tentar impedir a saída do sangue.

                Arrastou Isabel pelo corredor deixando uma trilha de sangue e Laura falando sozinha, como coisas do tipo: “Você acredita que eu já fui comunista (tem como ideal uma sociedade sem classes) ?”

...

 FIM